Apresentação

Esse blog apresenta um dedicado trabalho histórico e fotográfico sobre algumas localidades de São José do Rio Pardo. Produzido integralmente pelo professor de História Marcelo Augusto da Silva, ele é o resultado de uma rica pesquisa, que tem por intenção deixar registrado e divulgar a todos a riqueza cultural, histórica e arquitetônica que compõem o município de São José do Rio Pardo. Num momento em que muitas pessoas valorizam demasiadamente tudo que é volátil, que o individualismo toma conta de quase todos, e que o patrimônio histórico rio-pardense vai literalmente ao chão em nome do "progresso", esse projeto tenta regastar a memória do que é a cidade e também daqueles que contribuíram para que ela existisse. Nesse trabalho, muito material foi pesquisado, principalmente antigos jornais, cuidadosamente organizados na Hemeroteca rio-pardense, que foram lidos e relidos. O resultado é uma realização única e de grande valor cultural ao alcance de todos.


terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O Cristo Redentor

O monumento ao Cristo Redentor, uma das mais atraentes paisagens e um dos pontos mais visitados de nossa cidade, teve o início de sua história no começo dos anos 40. A execução de seu projeto se deve a Manuel de Sousa Rosa, um português que residia à Rua Campos Salles, que era possuidor de um enorme sentimento religioso, cujo sonho era ofertar a São José do Rio Pardo uma imagem do Cristo Redentor. Sendo pedreiro de profissão – o que muito colaborou para realização do projeto – e com recursos financeiros próprios, Manuel Rosa deu início às obras cortando as pedras e removendo-as do topo da colina aonde seria colocada a estátua. Com a esplanada pronta, o pedestal iniciado, e a estátua encomendada, todos os rio-pardenses estavam atentos à magnitude do projeto de Manuel Rosa, bem como à árdua tarefa que ele tinha pela frente. Assim foi proposto a Manuel que fosse formada uma comissão pró-monumento para arrecadar fundos para o término da obra e que a responsabilidade continuaria sob ele. Com a aceitação por parte de Manuel, logo foi formada a tal comissão que tratou de angariar os fundos necessários. Quanto ao terreno, Manuel conseguiu uma doação do mesmo à prefeitura. A construção da imagem foi feita pelo artista campineiro Otaviano Papaiz, que venceu uma concorrência pública em 1944. Uma maquete da estátua com um pouco mais de um metro ficou exposta na Casa Braghetta (estabelecimento comercial localizado em frente à atual Padaria Raddi) no início de 1945. Hoje essa maquete se encontra sobre um pedestal no jardim da Casa Paroquial. A estátua de cimento armado e revestida por cimento branco, foi construída em Campinas em peças separadas e chegou aqui de trem em outubro de 1945. Seu custo foi de 37000 cruzeiros, pagos por Manuel Rosa. Suas dimensões são de 10 metros de uma mão a outra e de 12,5 metros de altura, que com os 4,5 metros do pedestal chega a 17 metros de altura, coincidindo com o número de letras que formam o nome da cidade. Na noite de 7 de dezembro de 1947, São José do Rio Pardo foi então presenteada com visão da estátua iluminada no alto do morro, concluindo o projeto e o ideal de um homem obstinado, que deu à nossa cidade um belo e agradável local que atrai inúmeros visitantes.

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